terça-feira, 25 de dezembro de 2007

DITO ISSO

fica o dito e redito por não dito.
e a gente se vê logo mais.
depois que eu der uma descansada e todos nós acreditarmos que alguma coisa mudou.
efemérides.
pelo menos vou ganhar uma sobrinha nova logo em janeiro.
alguma coisa insiste em se renovar.
2008. cooming soon.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

a rita levou minha folga...

tenho uma amiga dessas boas de ter. do tipo que quando muito, com muita sorte, a gente tem duas a vida toda.
(as mesmas ao decorrer de todo o período, claro)
como toda amiga-irmã, o hábito é dizer logo tudo o que pensa.
mesmo que seja na caixa de comments de um blog.
então, ignorando meu pedido de clemência neste dezembro cruel no post de baixo, a gracinha disse "não sabe brincar, não desce pro play. tem que postar todo dia."
respondi: "não tem nada agradável pra dizer, fica quietinha."
mas, como de costume, acho que ela tá certa.
sou leitora de (vários, inúmeros) blogs e me irrito com os que não são atualizados todo dia.
dito isso, convido a toda e qualquer pessoa que passar por aqui, a dar um pulo tb no blog dela, pra checar se ali é atualizado tão diariamente assim.

já tá ali do lado, nos links, mas não custa repetir:
www.mundodetheodora.blogspot.com

sábado, 15 de dezembro de 2007

querido sr. noel...

não que eu queira reclamar, pq não seria ingrata a esse ponto.
longe de mim fantasiar que eu tenha sido uma garota exemplar, que isto eu sei que venho não sendo desde 1978.
mas já que está na sua época de distribuir benfeitorias, não custa tentar um pedido, não é mesmo?
gostaria muito que o senhor me ajudasse, no próximo ano, a distribuir melhor os trabalhos ao longo dos meses, em vez de concentrá-los com tanta veêmencia em dezembro.
sabe, noel, o fim do ano costuma cair em dezembro. todos os anos.  todo o mundo sabe. então porque a gente não pode fazer tudo com mais calma, menos atropelo, ao decorrer do ano?
veja, bom velhinho (ainda pode-se chamar assim alguém da terceira/ melhor/ última/ sei lá que idade? não quero te ofender, tá?) 
reitero que não estou reclamando não. é importante um dezembro animado para a gente que não recebe décimo terceiro mas o paga religiosamente. 
mas o senhor já ouviu falar em doses homeopáticas? 
bom, tio papai noel, dá uma pensada, não me deixe na mão, mas tb não me sugue o sangue desse jeito no próximo dezembro! lembre-se de que tenho casa, família e uma saúde pra cuidar!

questões (parte 1 de infinito)

porque toda a madrugada me dá essa vontade de, mais do que refazer, 
engolir o mundo?

contemplação

adoro fazer, criar, começar e acabar projetos e idéias.
mas de vez em quando, nada melhor do que só contemplar. 
olhar (ouvir, ler, comer, dançar, enfim, incontáveis verbos no infinitivo) 
coisas que outras pessoas fizeram.
sempre me questiono se nasci para realizar ou pra observar.
teve também um longo momento da minha vida em que fui paga para escolher,
selecionar as pessoas que iriam fazer. formar equipes enfim. e, sem falsa modéstia, não era ruim nisso não.
hoje em dia, às vezes me pagam pra escolher (ser dj é um pouco isso, né?), às vezes para criar (trilhas originais, jingles, vinhetas).  sem falsa humildade, sou insegura nas duas posições.
ás vezes acho tudo muito pra mim. às vezes acho pouco.
e, sempre tenho preguiça e prazer na mesma medida. 
(tá. mentira. o prazer, quando vem com força, é maior do que a preguiça).
a ritoca, eterna irmã na preguiça, mas com uma capacidade invejável de ser um trator quando precisa, vai te seduzir hoje, se você estiver numas de contemplar e, de repente, adquirir um ou outro pequenino regalo...





essa propaganda foi de um nível de sutileza raro, vá?

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

saneamento básico

24 hs sem água, foi o que o síndico anunciou.

enquanto era um bilhete no elevador, não me assustou.

"a gente se vira"...

passadas umas 18 horas, eu digo: nada menos glamouroso do que a vida sem água.

baldinho pra lá, baldes pra cá, lembrei dessa música que a gente fez por encomenda
do paulo borges, e que só ouviu quem foi ao spfw passado.

http://www.spfw.com.br/media_gallery/videos/VINHETA_CRIANCA.wmv

essa não deu pra já colocar abertinha. mas, pô, copy e paste no link, né?
também não dá tanto trabalho assim...

domingo, 9 de dezembro de 2007

help me if you can

amiguinhos. porque todo o mundo consegue postar vídeos do youtube já com a janela aberta menos eu??
queria tanto que vcs vissem o vídeo do mark ronson que tá aí embaixo, mas sei que cês são preguiçosos... seria muito mais fácil dar um play direto do que ter que clicar no link e etc.

won't you please, please help me (???)


sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

enquanto isso...

será que um dia vão inventar um computador com bafômetro? (odeio essa palavra, mas é a que temos, né?)
eu sou a rainha de sentar no computador entorpecida, e, claro, falar mais, muito mais do que devia. 
a ressaca é pior do que "ao vivo", porque o mundo virtual é inclemente: grava tudo, registra o "sent items" para a posteridade. para o dia seguinte. 
minha amiga clarah averbuck diz "se eu não lembro, não aconteceu". o problema é quando eu não lembro, mas o hd... não esquece jamais.
 


quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

vamos refazer o mundo?

este título é por causa do que parece mesmo.
adoraria refazer o mundo.
acho ridículo não ter o poder necessário para arquivar a humanidade e
recomeçar do zero. 
lamento e agradeço ao mesmo tempo.
já pensou se eu tivesse essa missão??
 o trabalhão que ia me dar?
urgh. 
refaz aí, que não deu certo.  eu tô atenta. vendo tudo aqui da janela.

tá certo, eu menti. quem não mente?

tá. 
exagerei quando disse que lia tanta notícia. 
mas tava na cara que era viagem. 
não tem que dê conta de tudo.
ainda bem.
quem quiser saber tudo, não pode fazer mais nada da vida.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

zen-budismo

não tenho religião alguma, graças a deus. 
sou pagã e cética.
não acredito em nada. e também não sou prepotente o suficiente para duvidar de nada.
mas tenho uma mania que só se acentua com o passar do tempo, que meus amigos dizem ser uma coisa "budista". não sei se procede pq conheço pouquíssimo, quase nada, sobre budismo. 
mas o que importa é que agora, beirando os 30, minha mania começa a me incomodar.
o que acontece é que venho de uma linhagem de mulheres tão fortes, mas tão fortes, que se tornaram radicais. e, apesar de amá-las, todas, incondicionalmente; desde muito pequena tive muito medo de ficar assim também. de ser capaz de julgar, condenar ou absolver pessoas, tão falíveis quanto eu, pela forma como viviam, ou, pior, por qualquer pequeno ato cometido.
claro que isso não aplica `as pessoas claramente adoráveis, nem `as especialmente detestáveis.
um certo maniqueísmo é inevitável (e, de vez em quando, uma boa fofoca ou uma maledicência rápida também são).
o fato é que ando  enxergando tantos lados nos fatos e nas pessoas antes de me manifestar, que acabo tendo medo de virar um ser em cima do muro,  sem opinião. 
o mesmo medo da infância, só que do avesso. tanto medo de ser uma mulher kfouri, cheia de certezas,  que corro o risco de virar uma senhora em dúvida.
 


sábado, 1 de dezembro de 2007

privacidade

uow! que palavra essa! 

pri-va-ci-da-de

para que serve?

a gente quer ver tudo. 
eu, pelo menos, quero.
sou filha de jornalista, não quero perder nenhum detalhe. 
QUERO SABER TUDO O TEMPO TODO.
jornais, revistas, blogs, sites mil, vídeos, fotos, o seu orkut que eu sempre fuçava até vc decidir que queria privacidade. fora o myspace, o youtube. a tv. 
ai, caraio. 
quem lê tanta notícia?
eu.
é ansiedade acho. essa vontade, essa ilusão, de saber tudo o tempo todo.

ilusão maior ainda é a de quem quer privacidade.

quer dizer... 
privacidade?
tem. tem sim.
mas acabou.



política

não acho que a humanidade seja, ou esteja, de fato capaz da democracia.
democracia precisa de generosidade, precisa do pensar no outro,
para existir.
e os seres humanos não têm sido assim, históricamente.
nem remotamente.
você não é assim.
tirando as mães, avós e de vez em quando os pais, 
as pessoas não vivem e nem mesmo votam pensando no outro.
mesmo que "o outro" seja a maioria.
nem o medo faz os brasileiros,
os humanos,
pensarem no próximo.

que merda, hein?

todas as formas que a gente já conhece parecem muito piores.
ditadura.
monarquia.
anarquia.

e agora, amiguinhos?
se nada funciona, o que funciona???

 

losing my edge

alguém sabe aonde vendem limite?
tem em comprimidos?
aqui em casa é sempre tudo muito. 
muito intenso.
e é assim porque a gente gosta que seja.
mas dá um trabalho...

filhos, melhor não tê-los...


Fui pra noite hoje, depois de um longo e prazeroso recolhimento.
Vegas. 
Fui preparada para voltar pensando em como é bom ficar em casa.
Senti sono na ida.
Tédio no começo.
Mas, de repente, inesperadamente, rolou.
Quando vi, já estava dançando (de olhinhos fechados, é bom que se diga.)
há horas.
Senti de novo bater a onda que, numa noite perdida, vários anos atrás, 
me fez ficar louca por eles.
Tão louca, tão hipnotizada pela sensualidade do som que eles propunham,
que, por bem uns 4 anos, nunca mais perdi uma festa em que eles tocassem.
Me senti quase obrigada a conhecer, e ficar amiga, bem amiga, da dupla de djs
que me lembrava a cada noite, inexoravelmente, que o mundo é bem maior do que minha
(pequena/grande) obssessão pelo que eu chamava até então de música brasileira.
Era 2002. Eu tocava, desde 98, o que toco até hoje. Música Brasileira. Que acreditava, e ainda 
acredito, ser rica a ponto da gente poder dançá-la por horas, dias, anos, sem nem notar que a nacionalidade era a mesma o tempo todo.
Luca e Liana me fizeram lembrar que o mundo é grande. Tão grande, que eles podiam fazer até Música Brasileira. Eletrônica. Falada. Irreverente. Sexy. Linda. Fiquei enlouquecida mesmo por eles, pelo NoPorn. 
Eles, gostando de que eu fosse fan, começaram a me dar discos das jam sessions, eu comecei a tocá-los, e a querer que todo mundo os conhecesse. Várias pessoas amaram, outras tantas detestaram. Propûs um disco. Trabalhei (pencas) pra que o disco rolasse. E, enfim, depois de um tempão de gestação e de  muitas forças concentradas, saiu o disco do NoPorn. 
Saiu todo lindinho. Arte do Zarif, inúmeras madrugadas de dedicação com o mestre Dudu Marote, guitarras do Scandurra, letras absurdas. 
Aí virou filho nosso, de nós 3, mesmo eu tendo adotado quando ele já quase tirava a fralda, o filho era (é) nosso.
E agora que ele já é gente grande, solto da gente, eu só quero que ele corra mundo.
Queria que todo o mundo, os caretas, as bichas, os padres, os modernos, os babacas, os radicais, os fashionistas, as velhas, os lindos, todo o mundo, pra odiar, pra amar, pra nada. Todo o mundo tinha que
ouvir NoPorn pelo menos uma vez na vida.