sábado, 1 de dezembro de 2007

filhos, melhor não tê-los...


Fui pra noite hoje, depois de um longo e prazeroso recolhimento.
Vegas. 
Fui preparada para voltar pensando em como é bom ficar em casa.
Senti sono na ida.
Tédio no começo.
Mas, de repente, inesperadamente, rolou.
Quando vi, já estava dançando (de olhinhos fechados, é bom que se diga.)
há horas.
Senti de novo bater a onda que, numa noite perdida, vários anos atrás, 
me fez ficar louca por eles.
Tão louca, tão hipnotizada pela sensualidade do som que eles propunham,
que, por bem uns 4 anos, nunca mais perdi uma festa em que eles tocassem.
Me senti quase obrigada a conhecer, e ficar amiga, bem amiga, da dupla de djs
que me lembrava a cada noite, inexoravelmente, que o mundo é bem maior do que minha
(pequena/grande) obssessão pelo que eu chamava até então de música brasileira.
Era 2002. Eu tocava, desde 98, o que toco até hoje. Música Brasileira. Que acreditava, e ainda 
acredito, ser rica a ponto da gente poder dançá-la por horas, dias, anos, sem nem notar que a nacionalidade era a mesma o tempo todo.
Luca e Liana me fizeram lembrar que o mundo é grande. Tão grande, que eles podiam fazer até Música Brasileira. Eletrônica. Falada. Irreverente. Sexy. Linda. Fiquei enlouquecida mesmo por eles, pelo NoPorn. 
Eles, gostando de que eu fosse fan, começaram a me dar discos das jam sessions, eu comecei a tocá-los, e a querer que todo mundo os conhecesse. Várias pessoas amaram, outras tantas detestaram. Propûs um disco. Trabalhei (pencas) pra que o disco rolasse. E, enfim, depois de um tempão de gestação e de  muitas forças concentradas, saiu o disco do NoPorn. 
Saiu todo lindinho. Arte do Zarif, inúmeras madrugadas de dedicação com o mestre Dudu Marote, guitarras do Scandurra, letras absurdas. 
Aí virou filho nosso, de nós 3, mesmo eu tendo adotado quando ele já quase tirava a fralda, o filho era (é) nosso.
E agora que ele já é gente grande, solto da gente, eu só quero que ele corra mundo.
Queria que todo o mundo, os caretas, as bichas, os padres, os modernos, os babacas, os radicais, os fashionistas, as velhas, os lindos, todo o mundo, pra odiar, pra amar, pra nada. Todo o mundo tinha que
ouvir NoPorn pelo menos uma vez na vida.





 

3 comentários:

Anônimo disse...

E é preciso dizer que sem a sua luxuosa colaboração, não só como produtora mas também como musa, esse disco não teria saído tão cedo. Ou nem teria saído?! Amor eterno, minha linda!
Liana

Luca Lauri disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luca Lauri disse...

Nossa... deu vontade de largar tudo e ir pra pista dançar com vc. Te adoro!